A Liberdade é Azul (1993)
País: França, 98 minutos
Titulo Original: Trois Couleurs: Bleu
Diretor(s): Krzysztof Kieslowski
Gênero(s): Drama, Música, Mistério, Romance
Legendas: Português,Inglês, Espanhol
Tipo de Mídia: Cópia Digital
Tela: 16:9 Widescreen
Resolução: 1280 x 720, 1920 x 1080
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DOWNLOAD DO FILME E LEGENDA
PRÊMIOS
ssociação de Críticos de Cinema de Los Angeles, EUA
Prêmio de Melhor Música (Zbigniew Preisner)
Festival Internacional de Veneza, Itália
Prêmio Leão de Ouro (Krzysztof Kieslowski)
Prêmio Pasinetti de Melhor Atriz (Juliette Binoche)
Prêmio OCIC (Krzysztof Kieslowski)
Prêmio Pequeno Leão de Ouro (Krzysztof Kieslowski)
Prêmio Osella de Ouro de Melhor Fotografia (Slawomir Idziak)
Ciak de Ouro de Melhor Filme (Krzysztof Kieslowski)
Copa Volpi de Melhor Atriz (Juliette Binoche)
Prêmios César - Academia das Artes do Cinema, França
César de Melhor Atriz (Juliette Binoche)
César de Melhor Som (Jean-Claude Laureux, William Flageollet )
César de Melhor Edição (Jacques Witta)
Prêmios Goya - Academia Espanhola, Espanha
Goya de Melhor Filme Europeu
Sindicato dos Jornalistas Críticos de Cinema, Itália
Prêmio Fita de Prata de Melhor Dublagem Feminina (Alessandra Korompay )
Festival Internacional de Cinema de Chicago
Prêmio do Juri Especial (Krzysztof Kieslowski)
Círculo dos Roteiristas de Cinema, Espanha
Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro
Prêmios Sant Jordi de Barcelona
Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro (Krzysztof Kieslowski)
Prêmio de Melhor Atriz Estrangeira (Juliette Binoche)
Prêmios Turia, Espanha
Prêmio do Público de Melhor Filme Estrangeiro (Krzysztof Kieslowski)
Sinopse: A Liberdade é Azul é o título em português para o primeiro filme da trilogia das cores, escrito e dirigido por (eu sei, muitas consoantes) Krzystof Kieslowski, em 1993. Muito se diz sobre a trilogia ter sido feita num projeto em homenagem às três cores da bandeira da França e seus significados, em comemoração aos 200 anos da revolução, mas há pouco sobre a questão do indivíduo preso ao mundo em que vive – tema recorrente nos três filmes.
Em Azul, uma Juliette Binoche ainda nova vive uma mulher que perde seu marido e sua filha num acidente de carro e, durante todo o filme, tenta lidar com o luto. Desde os primeiros momentos, sabemos que estamos em contato com uma obra repleta de sutilezas. Há um cuidado especial no encaixe de cada plano, na aplicação dos filtros azuis, na escolha dos elementos de cada cena, de cada sequência, de cada silêncio e cada música. Há uma importância grande nos momentos “entre”, mais saborosos até que os acontecimentos em si.
Quando o diretor valoriza pequenas coisas dando a elas grande participação no roteiro, como o móbile, o torrão de açúcar no café (uma das sequências mais incríveis do cinema), o crucifixo, o toque de Julie (Binoche) nas partituras que desperta a melodia composta por seu falecido marido. Os vários tons de azul de fato permeiam o filme todo em diversos detalhes. Mas, acima de tudo, o azul se faz presente no luto. Nenhum sinal do outro que se foi, e, no entanto, tudo sobra: um saco de lixo, um pingente, um bombom, uma foto. E não bastam os desejos de se livrar de tudo o que outrora fizera parte de sua vida.
Entre silêncios ensurdecedores, a música de Zbigniew Preisner ganha força e ressalta apatias e efemeridades, transformando a fuga da protagonista numa ebulição sinestésica que engole o espectador: ela busca, desesperadamente, sentir alguma coisa. Mas não sente nada, nada lhe interessa , nós sentimos por ela.
Costuma-se dizer que a aparição do elemento água no cinema está relacionada ao fator transformação, mas os mergulhos noturnos de Binoche ressaltam a inação da protagonista, quebrada a partir dos momentos em que ela se depara com personagens-chave: a amante de seu ex-marido, o compositor Olivier, uma prostituta, um mendigo tocador de flauta e o menino que estava presente, no dia do acidente de carro.
Cada um deles se apresenta como fator motivador de uma decisão importante. Além de ser uma obra cuidadosa no que diz respeito à construção da narrativa cinematográfica, A Liberdade é Azul também contém discussões filosóficas inerentes ao ser humano: a vida, a morte, o luto, a (in)decisão, os sentimentos, o apego, a fé.
O final nos traz uma versão da Carta de São Paulo aos Coríntios, cantada por um coro numa melodia rasgada, forte, trágica. Seria o coro da canção não terminada do marido que morreu, composta especialmente para a cerimônia de unificação da Europa. Após concluir a sinfonia inacabada, revelam-se, então, diversas formas de amor, uma sob a forma de cada personagem-chave. O roteiro cíclico de Kieslowski não deixa a desejar e a trilha sonora de Preisner fecha com chave de ouro o primeiro filme da trilogia das cores.
Elenco: